Tiros de insanidade

Um disparo para o alto determinou. Sacramentou. Consolidou. Era o fim daquele instante. Um simples disparo bastou. Terrorismo gratuito que a gente inventa, fantasia, deixa fluir em nossa mente.

Não foi preciso chamar socorro, muito menos correr dali. Foi só parar e observar como todos foram, um a um, atingidos. Até que todos perderam a própria identidade. Um verdadeiro massacre, que todas as câmeras de segurança tristemente presenciaram.

O punho cerrado, a cabeça latejando, os pés e as mãos desaparecendo quase sem querer: o que era aquilo tudo, afinal? Alguém suficientemente corajoso poderia ter a honra de nos contar? 

Estamos ansiosos por respostas. Somos os bichos famintos por novidade, mesmo que nada dito seja verdadeiro. Mesmo que nada passe de um boato, uma piada sem graça. 

Venha o que vier, desde que temperado com bastante discórdia e uma pitada de sal.

Foi declarado o fim daquilo que um dia a gente chamou de privacidade. 

Se eu fosse você, não deixaria por menos. 

Que tal dar o próximo tiro, antes que acertem em cheio aquilo que você ainda acredita?

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