A incrível capacidade de relaxar em meio às pressões cotidianas, seus agravantes e suas características mais relevantes
De repente, o dia resolve nascer.
O sol, imponente e sagrado, ocupa seu espaço no imenso azul do céu.
A manhã parece tranquila. Ao menos para mim.
Embora eu contemple toda esta calmaria, não deixo de prestar atenção no que está acontecendo em minha volta. Não me escapa o fato de que tanta gente está preparada pra mais um dia, mais vinte e quatro horas buscando chegar a algum lugar.
Chego a imaginar que passa da hora de eu me juntar aos demais, valentes por natureza, que buscam sobreviver com dignidade neste mundo desigual e sacana. Por frações de tempo dolorosas, eu me reduzo à total inutilidade e meu sossego se vai. Ninguém considera o trabalho de observador algo digno de remuneração. Acabo me frustrando, talvez querendo isso mesmo.
Fecho a cortina que aponta a paisagem urbana da frente de casa e decido ler um livro qualquer, algum trecho que me ajude. Decido que é melhor fingir que não há nada a se preocupar. Tudo parece mais fácil quando se é medíocre.
O tempo passa enquanto leio dezenas de páginas de um livro que, até bem pouco tempo, passava tão despercebido. Quando a trama começa a se desenrolar de um jeito que talvez eu não consiga mais controlar, escolho guardá-lo com carinho na gaveta. Fica pra depois, tem tanto tempo ainda.
Não demora muito e eu noto o que parecia oculto, mas agora é explícito: muita coisa mudou, ao passo que eu me encontrava ocioso - e admito que ainda me encontro. Atordoado por tantas informações, tantas conversas paralelas, tantos fatos e por tantas questões sobre cada tema, chego a pensar em voltar a dormir. Cabeça cansada, olhos trêmulos, falta de querer mergulhar fundo em alguma coisa. O despreparo dorme ao meu lado.
---
São dez horas e trinta minutos da noite. O dia voou e eu ainda me sinto falsamente protegido pelo casulo que criei devido a tanta ociosidade acumulada.
Paro, reflito o que me convém e concluo que relaxar tem lá suas compensações. Parece gostoso quando a gente se acostuma a ter uma razão disfuncional, míope. Tão gostoso que dá vontade de comer tudo isso de colher.
Enquanto o dia correu, eu fechei os olhos. E quando veio a noite, eu abri meus olhos e não mais consegui fechá-los.
Mal vejo a hora de repetir minha dose morna de tranquilidade amanhã.
O sol, imponente e sagrado, ocupa seu espaço no imenso azul do céu.
A manhã parece tranquila. Ao menos para mim.
Embora eu contemple toda esta calmaria, não deixo de prestar atenção no que está acontecendo em minha volta. Não me escapa o fato de que tanta gente está preparada pra mais um dia, mais vinte e quatro horas buscando chegar a algum lugar.
Chego a imaginar que passa da hora de eu me juntar aos demais, valentes por natureza, que buscam sobreviver com dignidade neste mundo desigual e sacana. Por frações de tempo dolorosas, eu me reduzo à total inutilidade e meu sossego se vai. Ninguém considera o trabalho de observador algo digno de remuneração. Acabo me frustrando, talvez querendo isso mesmo.
Fecho a cortina que aponta a paisagem urbana da frente de casa e decido ler um livro qualquer, algum trecho que me ajude. Decido que é melhor fingir que não há nada a se preocupar. Tudo parece mais fácil quando se é medíocre.
O tempo passa enquanto leio dezenas de páginas de um livro que, até bem pouco tempo, passava tão despercebido. Quando a trama começa a se desenrolar de um jeito que talvez eu não consiga mais controlar, escolho guardá-lo com carinho na gaveta. Fica pra depois, tem tanto tempo ainda.
Não demora muito e eu noto o que parecia oculto, mas agora é explícito: muita coisa mudou, ao passo que eu me encontrava ocioso - e admito que ainda me encontro. Atordoado por tantas informações, tantas conversas paralelas, tantos fatos e por tantas questões sobre cada tema, chego a pensar em voltar a dormir. Cabeça cansada, olhos trêmulos, falta de querer mergulhar fundo em alguma coisa. O despreparo dorme ao meu lado.
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São dez horas e trinta minutos da noite. O dia voou e eu ainda me sinto falsamente protegido pelo casulo que criei devido a tanta ociosidade acumulada.
Paro, reflito o que me convém e concluo que relaxar tem lá suas compensações. Parece gostoso quando a gente se acostuma a ter uma razão disfuncional, míope. Tão gostoso que dá vontade de comer tudo isso de colher.
Enquanto o dia correu, eu fechei os olhos. E quando veio a noite, eu abri meus olhos e não mais consegui fechá-los.
Mal vejo a hora de repetir minha dose morna de tranquilidade amanhã.
Ah vc como sempre escrevendo mto!!
ResponderExcluirO fundo até q ficou legal!deixou um pouco o luto =D
bjaoo ;*
@Deinhapm
Como em todos os seus textos me fazem pensar muito,amei mesmo. Parabéns!
ResponderExcluir@vickymorais
Parabéns Fah ! Por diversas vezes me identifico com os seus textos.Nesse post me identifiquei principalmente com esse trecho : '' O dia voou e eu ainda me sinto protegido pelo casulo que criei devido a tanta ociosidade acumulada .''
ResponderExcluirbeeijos =*
Vou vou deixar a crítica, mas não vou sumir!
ResponderExcluirEu amo seus textos!
Meus parabéns, vc diz a que veio!
=***
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEscrevi errado na Primeira ali... desculpa :x~
ResponderExcluirMas vc escreve tão bem, que eu até fiquei meio aliviada aqui...
Maaas, doce engano ;/~
hmm, gosteei. achei seu blog aleatoriamente e tem umas coisas legais ._.' vou ler mais ahsduihaiusdhiasd
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