Dias de luta II

Estive por aí, analisando o enredo de tantos dias desfavoráveis. 

Precisei - e ainda preciso - ter paciência. Precisei - ainda preciso - sentir na pele tudo o que eu nunca desejei nem ao bandido mais procurado do mundo. 

Caralho, bicho. Que azedume. Será que essa vida tem sabor de dissabor?

Talvez as circunstâncias nos reduzam a nada, com olhares vigilantes e repugnantes dos outros, tão cheios de dúvidas e de medos. Como nós.

O que me apavora é nem saber mais o que eu quero, me fazendo desviar da rota pelo simples fato de ter deixado nascer em mim vários receios. Como é possível tamanha disparidade, após tudo o que planejei com tanto cuidado? 

Eu quis ser alguém melhor, eu juro. Ainda quero. Mas por onde começar, se tudo aponta pra porra do abismo? 

Sou prisioneiro dentro de mim, meu pior inimigo. Existe um medo que corrói, que causa danos irreparáveis ao que sinto e sonho. Por falar em sonho, há tempos eu não tenho conseguido sonhar e fico me enganando por aí. 

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Coitado. Tão valente e agora tão sem forças para enfrentar essa legião raivosa que se alegra ao vê-lo no chão.

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