A confusão mais doce

Decepção. 

Palavra forte, não é? 

Ela nos faz chorar, nos faz desconfiar dos outros, nos abala, nos apresenta da pior forma alguns obstáculos pessoais. 

Por outro lado, a decepção nos mostra caminhos que nós não pensaríamos por um bom tempo, mesmo sabendo que durante todo o tempo aquele era o caminho de verdade a ser trilhado.

Estava conversando com um grande amigo meu que admiro pela inteligência e começamos a refletir que a vida deve ser analisada como uma árvore: cheia de ramificações, galhos e outras estruturas que a sustentam.

Nossa vida é assim. Começamos com tudo, vibrantes e promissores. Depois de um tempo, essa energia vai se acabando, secando, até que o fim chegue.Consequência de uma porção de coisas, vai entender.


Se a vida pode ser comparada a uma árvore, nossos caminhos são como galhos. Se cortam algum galho nosso, nós temos que nos preparar para outro caminho. Temos que ir atrás de outro galho. E até nos habituarmos ao outro caminho, como será?


Alguns vão sem olhar nunca mais para trás, só que 'nunca mais' é uma expressão forte demais para nós que somos reles mortais. 


Não sabemos o dia de amanhã, não sabemos o que o próximo minuto reserva pra nós. E também não sabemos mais absolutamente nada.

Assim vamos vivendo, numa doce e eterna confusão. Num achismo filha-da-mãe, em busca de um ideal. Em busca de um fato novo, algo que transborde. 


Momentos: nada mais que fragmentos para se lembrar, talvez reviver.

Hoje sou feliz no galho que escolhi para continuar respirando.

Comentários

Postagens mais visitadas